A cidade de Imperatriz, no Maranhão, encerra mais uma semana marcada pela falta de abastecimento de água, agravando a insatisfação da população e expondo falhas estruturais na gestão da Companhia de Saneamento Ambiental do Maranhão (Caema). Desde o início de fevereiro, moradores de diversos bairros, como Nova Imperatriz e Centro, têm relatado interrupções constantes no fornecimento, prejudicando atividades essenciais do dia a dia.
Na manhã desta quinta-feira (6), moradores denunciaram que o abastecimento foi interrompido sem aviso prévio. No bairro Nova Imperatriz, o problema começou por volta das 4h da manhã, enquanto no Centro a interrupção teve início ainda na noite anterior. Além disso, um vazamento em um cano no bairro Santa Rita tem causado desperdício de água há cerca de um mês, afetando ainda mais a pressão na rede e dificultando o fornecimento para outras regiões. Apesar das reclamações e pedidos de providências feitos à Caema, nenhuma solução foi apresentada até o momento.
Diante da insatisfação popular e da falta de respostas concretas da Caema, o vereador Whallassy (PT) se manifestou nas redes sociais nesta sexta-feira (7), afirmando que irá tomar medidas para cobrar esclarecimentos. “Irei preparar a convocação do gerente da Caema à Câmara para as próximas sessões. Se for aprovada, ele precisará comparecer para prestar esclarecimentos sobre a falta constante de água na cidade”, declarou o parlamentar. Outros vereadores também já criticaram a falta de investimentos estaduais na infraestrutura da Caema, apontando que a empresa opera no limite e sem planejamento adequado para atender à demanda da segunda maior cidade do Maranhão.
Irei preparar a convocação do gerente da Caema à Câmara para as próximas sessões. Se for aprovada, ele precisará comparecer para prestar esclarecimentos sobre a falta constante de água na cidade. Isso é inadmissível!
— Whallassy (@whallassy) February 7, 2025
A escassez de água tem causado transtornos profundos aos moradores. Em bairros como Jardim São Luís e Nova Imperatriz, famílias estão recorrendo à compra de água mineral para tarefas básicas como cozinhar e tomar banho. No Centro, comerciantes relatam prejuízos devido à impossibilidade de manter suas atividades regulares. A situação é ainda mais grave em áreas periféricas como Vila Cafeteira, onde moradores enfrentam meses sem abastecimento regular.
Além disso, a falta de comunicação por parte da Caema tem agravado o problema. Moradores reclamam que as interrupções acontecem sem aviso prévio ou com informações insuficientes sobre os prazos para normalização do serviço.
A crise no abastecimento de água em Imperatriz não é um problema recente. A infraestrutura precária e a falta de manutenção preventiva têm sido apontadas como as principais causas das interrupções frequentes. Em janeiro deste ano, uma pane eletromecânica na captação do Rio Tocantins reduziu a produção de água em toda a cidade, expondo novamente as fragilidades do sistema. Enquanto medidas concretas não forem tomadas pela Caema e pelo governo estadual, os moradores continuarão enfrentando dificuldades diárias com um serviço essencial que deveria ser garantido por direito. A convocação do gerente da Caema à Câmara Municipal pode ser um passo importante para exigir transparência e buscar soluções definitivas para essa crise que já se tornou insustentável.